Ao longo destes últimos anos, tenho tido a sorte de conhecer empresas em várias etapas da sua vida, algumas delas ainda na cabeça dos seus fundadores.
Como na cozinha, um conteúdo atual deve ter os condimentos certos, ser melhorado para assim ser saboreado.
Desde então, seja no escritório, em salas de formação ou na rua, assolam-me algumas questões quando me intererrogam sobre como a Asserbiz evoluiu.
A frase "Para onde quer ir?" nasceu de uma dessas questões.
Algumas parecem simples e já as respondemos vezes sem conta. Mas quando foi a última vez?
1 - Quem é o nosso cliente?
Básico não é? Pois é! Mas não imaginam a quantidade de cabeças no ar a pensar alto. Uma coisa é ter na mente, outra é verbalizar, qualificar. Homem, mulher, interior, litoral, local, global, casado, solteiro e por aí adiante. E depende do produto a ou do produto b. Sem esta resposta não há comunicação eficiente, não há foco, não podemos saber a quem nos dirigir
2 - Para que serve o nosso produto/serviço?
Intel Core i7 ou DDR3 parece pomposo mas não servem clientes. Comodidade, velocidade, autonomia, paz de espírito são os motivos que podem levar a comprar.
No caso da Asserbiz é paz de espírito: os nossos clientes sabem o que querem, como querem, até poderiam fazer, mas chamam-nos a nós para se focarem em outras atividades.
3 - Como é o processo de compra?
Compra online, pede ajuda? Compra sozinho, demora meses até comprar, ou a decisão é rápida? O produto precisa de demonstração ou é de rápida assimilação? Um não agora não é um não para sempre, e perceber o processo é meio caminho andado para ser assertivo no momento do possível sim. Nem todos compram da mesma forma
4 - Como vamos medir a satisfação e fomentar a recomendação?
Não saber a quantas andamos, ainda que gostemos de ouvir elogios, é uma forma de gestão muito operacional. Muitas empresas têm vergonha de pedir recomendações ou mesmo avaliações, com medo da resposta. Pois é. Mas só podemos melhorar se soubermos o que está a correr menos bem.
5 - Como vamos comunicar?
Ui. Dor. Há quem considere que a comunicação e o marketing são "males necessários". O diretor comercial é responsável por "isso". "Para que precisamos disso?". Flyers, cartões, brochuras, emails "A/C Gerência" e Kms depois, o desânimo e incompreensão.
O mundo já não é como era. A Internet veio trazer um conhecimento e uma necessidade de ser credível, coerente, actualizado. Já não basta uma equipa comercial, uma cadeia de produção.
1€ em combustível não dá para levar os miúdos à escola, mas pode levar uma mensagem ao outro lado do mundo.
6 - A vida para além da próxima semana
Planear ocupa tempo e recursos, e muitas vozes defendem que se deve ir com o vento que o mercado manda. Verdade, o mercado manda muito, mas se não souber de quando em vez como olhar para o mapa, ver a rota, corrigir e saber se ainda temos mantimentos, podemos naufragar.
Estas mensagens não dependem do tamanho do negócio, nem da sua fase. Pode ser antes do nascimento ou com 20 anos de vida. Tal como o exercício físico que juramos fazer, também nos esquecemos de quando em vez de olhar para as nossas empresas, metidos no nosso dia-a-dia.
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